Em algum momento de 2007, o cenário é um canto conhecido como Paraisopólis, mineiramente londrina no que diz respeito a sua relação com a sonoridade de riffs , e o outro uma Pindamonhangaba que você só acha a partir da diáspora de beats iniciada em Kingston .
Esse barato todo torto e cabuloso congregou-se a partir da referência do pandeiro, no local em que os simpatizantes de Jah Jah chamam de babylon; a São Paulo que também é África. Vem a tona assim a entidade georgística, ou como a rapaziada costuma chamar, a George SoundSystem.
George por reverência a uma par de coisas, ou por pura abstração, depende de quem contar a história, SoundSystem por cada escolha ser mais do que um fundo musical, sendo antes de tudo uma argumentação sonora onde a troca, o improviso, o lúdico e a descoberta são as palavras de ordem, propondo o diálogo entre corpos a partir do encontro entre ritmos e batidas que, em princípio, poderiam parecer avessos entre si.
Como disse o Dubversão acerca dos Sistemas de Som “os Sistemas de Som são acervos de arquivos sonoros (músicas) disponibilizados em uma espécie de audição pública, mais propriamente, através de uma festa. É um evento sonoro (festa) e também uma experiência sonora, fazendo da rua e espaços públicos uma arena de dança, audição e apropriação do espaço. Tal experiência é dada pela montagem do sistema de som que pretende emergir os ouvintes numa câmara de compressão e descompressão de ar: se ouve e se sente o som.”
Pedindo a bênção aos deuses do batuque de ontem hoje e amanhã,
George é de capadócia,
salve Jorge!